Cada vez mais, as empresas estão percebendo que a sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. As práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança) não apenas contribuem para um planeta mais saudável e uma sociedade mais justa, mas também têm um impacto direto na empregabilidade. E vamos ser honestos, quem não quer trabalhar em uma empresa que faz a diferença e se preocupa de verdade com as pessoas e com o mundo?
Quando uma empresa adota políticas fortes de ESG, ela está sinalizando ao mercado e às pessoas que está comprometida com algo maior do que apenas o lucro. Isso significa criar um ambiente de trabalho justo, onde todos os colaboradores têm voz e oportunidades iguais. E, para atingir esse objetivo, é fundamental ter equipes plurais — aquelas compostas por pessoas de diferentes origens, gêneros, idades e habilidades.
Equipes plurais, que incluem indivíduos com diversas origens, etnias, gêneros e habilidades, tendem a ser mais inovadoras e adaptáveis. Com diferentes perspectivas na mesa, os problemas são enfrentados de forma criativa e eficiente, o que leva a soluções mais completas e eficazes. Essa pluralidade não apenas melhora o desempenho da empresa, mas também a torna mais atrativa para os melhores talentos do mercado. Afinal, profissionais querem estar em um lugar onde podem ser eles mesmos, que possam crescer em suas carreiras e que façam parte de algo relevante e que transforme.
Adotar práticas ESG e promover a diversidade cria um ciclo virtuoso: quanto mais inclusiva e engajada é a empresa, mais talentosos são os profissionais que se interessam em trabalhar lá. E mais, colaboradores satisfeitos e valorizados têm maiores chances de permanecer na empresa, reduzindo a rotatividade e aumentando a retenção. E é por isso que tantas empresas que se destacam em sustentabilidade também são consideradas as melhores para se trabalhar.
Na @TimbreSocial, acreditamos que é possível transformar o mercado de trabalho em um lugar melhor. Apostamos no poder do ESG e da diversidade para criar ambientes mais acolhedores, inovadores e eficientes. Nossa missão é tornar o processo de contratação mais justo, eliminando vieses inconscientes e dando a todos uma chance verdadeira de mostrar seu talento.
Quais tendências devem impactar o mercado de trabalho no Brasil?
As tendências de empregabilidade no Brasil para os próximos anos destacam-se pela crescente importância da automação, da tecnologia e de novos modelos de trabalho. Algumas das principais tendências incluem:
1. Automação e Inteligência Artificial (IA)
A automação e a IA estão transformando profundamente o mercado de trabalho. Embora haja preocupações sobre a substituição de funções repetitivas, a automação também está criando novas oportunidades. Profissões como cientistas de dados e especialistas em cibersegurança são altamente demandadas, pois as empresas precisam gerenciar, interpretar e proteger os grandes volumes de dados gerados pelos sistemas automatizados. Em setores como manufatura, a automação está melhorando processos produtivos, enquanto em varejo, tecnologias como self-checkout estão eliminando funções tradicionais, mas criando novas demandas por habilidades tecnológicas e gerenciais.
A previsão da McKinsey é de que até 2030, entre 400 a 800 milhões de empregos globais possam ser afetados pela automação, mas muitos novos empregos também surgirão em áreas que ainda não conseguimos imaginar. O foco estará em requalificar trabalhadores para essas novas funções.
2. Sustentabilidade e ESG (Ambiental, Social e Governança)
Com a crescente pressão para que as empresas adotem práticas mais sustentáveis e transparentes, profissionais especializados em ESG estão em alta. Estes profissionais ajudam a definir políticas de governança responsável e práticas ambientais que atendam às expectativas dos stakeholders. A demanda por engenheiros ambientais e consultores de sustentabilidade está crescendo rapidamente, e as empresas que integram o ESG em suas operações frequentemente têm melhores resultados a longo prazo, além de atenderem às exigências regulatórias e das partes interessadas.
Um fator importante impulsionando essa tendência é o foco crescente dos investidores em empresas com fortes práticas de ESG, que podem atrair capital adicional e melhorar seu valor no mercado.
3. Modelos de Trabalho Flexíveis
A pandemia acelerou a adoção do trabalho remoto, mas agora o modelo híbrido está se consolidando como a norma. Empresas que oferecem flexibilidade no local de trabalho e nos horários têm uma vantagem competitiva para atrair talentos, especialmente em setores como tecnologia e finanças, segundo dados do Forum Econômico Mundial. No entanto, mais da metade dos trabalhadores globais ainda não têm essa flexibilidade, especialmente aqueles cujas funções dependem de presença física, como trabalhadores da saúde e da indústria.
Os desafios incluem manter a produtividade, o engajamento e a colaboração entre equipes híbridas. Plataformas de comunicação digital e novas formas de gestão são fundamentais para o sucesso desses modelos de trabalho.
4. Comércio Eletrônico e Profissões Digitais
O crescimento do comércio eletrônico criou uma forte demanda por especialistas em marketing digital, experiência do cliente e gestão de plataformas de e-commerce. Esse setor está em rápida expansão, impulsionado pelo aumento nas compras online, especialmente após a pandemia.
Além disso, a digitalização está criando novas oportunidades para empreendedores, com o surgimento de negócios exclusivamente digitais. Tecnologias como realidade aumentada e inteligência artificial estão transformando a experiência de compra, permitindo personalizações mais sofisticadas e uma maior eficiência no atendimento ao cliente.
5. Reskilling e Upskilling
Com o avanço tecnológico, muitos trabalhadores estão em risco de obsolescência. A requalificação (Reskilling) e a atualização de habilidades (Upskilling) se tornaram estratégias cruciais para manter a empregabilidade. Empresas estão investindo em programas de treinamento para que seus colaboradores adquiram competências em áreas de alta demanda, como análise de dados, desenvolvimento de software e automação de processos.
Programas de educação corporativa e plataformas de aprendizado online estão ganhando força, ajudando a reduzir o tempo de desemprego e a preencher lacunas no mercado de trabalho. A McKinsey sugere que até 2030, cerca de 100 milhões de trabalhadores terão que mudar de ocupação devido à automação.
Referências:
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